domingo, 24 de outubro de 2010

Primeira Avaliação Presencial da Disciplina Educação e Cibercultura - Renata de Oliveira Batista Rodrigues

UERJ- Faculdade de Educação
Professor: Marco Silva - Rio, 25/10/2010
Aluna: Renata de Oliveira Batista Rodrigues

1 - Caracterize os três princípios da cibercultura, segundo Lemos & Lévy.

R: Os três princípios básicos da cibercultura são a liberação da emissão (Palavra), que constitui a primeira fase; a conectividade geral; e a reconfiguração de tudo a partir do ciberespaço sem substituição. Dentro do princípio da liberação do pólo da emissão, percebemos que as diversas manifestações socioculturais contemporâneas, nos permitem observar que o principal objetivo desta veloz circulação da emissão é dar vozes aos discursos anteriormente reprimidos na edição da informação através de outros veículos de comunicação com a televisão, rádio e/ ou jornais e etc. Quanto à conectividade generalizada, podemos falar que tudo está em rede. O início desta conectividade transversal e planetária foi na transformação do PC (Computador Pessoal) para o CC (Computador Coletivo) e tem novos ares nos dias de hoje com o CC móvel, pertencente à era da ubiquidade e da comunicação ubíqua, através da grande propagação de celulares e redes sem fio. O terceiro e último princípio é o da reconfiguração. Pensando nas várias práticas da cibercultura, trata-se de reconfigurá-las, junto às modalidades midiáticas sem a substituição de seus respectivos antecedentes. Essa reconfiguração compreende as transformações de estruturas sociais, instituições e práticas comunicacionais.
Estes três princípios da cibercultura estão na base do progresso não apenas da própria, mas da cultura como um todo. Liberação da palavra, conectividade e reconfiguração social, política e cultural recombinam e criam processos de inteligência, de aprendizagem e de produção coletivos e participativos. O principal não é a recombinação, mas seu alcance.

2 – Que é cibercidadania e cibercultura e quais suas expressões sociotécnicas?

R: A cibercultura está relacionada à internet e aos modos de comportamento, pensamento, trabalho e arte produzidos deste espaço. Podemos compreendê-la como forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, a partir do momento em que houve a convergência das telecomunicações com a informática, ou seja, telefone aliado ao computador, originando a internet. Ela é uma cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais.
Assim como a cidadania o exercício da cibercidadania está presente em nossas ações cotidianas. A cibercidadania é a condição do cibercidadão, aquele que goza dos direitos civis e políticos do Estado, mas agora, on-line. A cibercidadania vai me permitir acessar serviços governamentais via internet. Podemos verificar por exemplo, a disponibilidade do auxílio-desemprego on-line no site do ministério do trabalho. Ricardo Nicola da Universidade Estadual Paulista fala “Cibercidadania na República tecnológica”. Nesta república, entendo que o cibercidadão pode se inscrever no vestibular e concursos e solicitar isenção das taxas de inscrição on-line sem passar pelo constrangimento das enormes filas que denunciam sua condição de desfavorecido economicamente.
As informações citadas já compreendem as expressões sociotécnicas da cibercidadania. Podemos incluir como da cibercultura como um todo os serviços do banco online, cartões inteligentes, o voto eletrônico e etc.

3 – O que é “jornalismo cidadão” e quais suas possibilidades na blogosfera?

R: Jornalismo Cidadão é também conhecido como Jornalismo Colaborativo ou Jornalismo Participativo. Ele compreende a idéia de jornalismo na qual o conteúdo (texto,  imagem, som e vídeo) pode ser produzido por cidadãos sem formação jornalística, em colaboração com jornalistas profissionais ou não. Esta prática se caracteriza pela maior liberdade na produção e veiculação de notícias, já que não exige formação de jornalista para os indivíduos que exercem este serviço à sociedade. Suas possibilidades na blogosfera são múltiplas. Os usuários das comunidades virtuais, não as visitam apenas, mas reproduzem, reenviam e interceptam informações que julgam pertinentes a outras redes sociais. A notícia desta maneira é frequentemente discutida e atualizada, numa interação muito mais ampla e democrática. A notícia agora, vai nascer dentro de um determinado grupo social, de uma comunidade, com o olhar próprio daquel cidadão que está presente naquele ambiente. Não existirá mais somente aquele oriundo e frequentador de outro espaço noticiando o que acontece em um espaço que ele não conhece empiricamente.

5 – Caracterize a nova paisagem midiática definida por lemos e Lévy Como “pós massiva”.

R: A nova mutação na comunicação definida pelos três princípios básicos da cibercultura se caracteriza por ser a “função pós-massiva” nas mídias. Diferente do fluxo massivo de rádio, televisão e jornais, a função pós-massiva permite a interação, onde deixamos de ser consumidores de informação, nos tornando produtores e distribuidores da mesma. As chamadas “novas mídias”, como internet e telefones móveis por exemplo, não desempenham a função centralizadora e massiva dos antigos meios de comunicação. Elas são abertas, colaborativas, interativas e distributivas. A função pós-massiva traz consigo o aumento da liberdade de escolha no consumo da informação e oportunidades pioneiras de produzir a informação. Hoje eu não preciso mais ser funcionária de uma empresa de meios de comunicação para para noticiar algo. Posso criar um blog e mostras os probelams do meu bairro ou postar no You tube os projetos bem sucedidos da minha escola. Assim podemos compreender que as funções pós-massivas tem com característica a abertura do fluxo informacional, pela liberação da emissão, seguida da transversalidade e personalização consumo da informação. Não temos só a proção livre, mas circulação aberta e cooperativa da informação.

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