quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Primeira avaliação da disciplina Educação e Cibercultura

ALUNA: TATIANE FELIX DE CARVALHO

1-      Caracterize os três princípios da cibercultura, segundo Lemos & Levy.

   A cibercultura se caracteriza pela nova forma de conhecer e trocar conhecimentos de forma interativa utilizando cada vez mais a tecnologia como meio de propagação de conhecimento. De acordo com Lemos & Levy o que existe é uma aprendizagem coletiva, onde não há mais um conhecimento individual ou um órgão detentor e transmissor do conhecimento, pois através das mídias digitais, ele se dá de forma interativa e coletiva, existindo uma troca quase instantânea de informações. Diante deste novo cenário cultural surgiram também os três princípios básicos da cibercultura, são eles:
1° A liberação da emissão, ou seja, a liberação da palavra antes reprimida e atuando como simples expectadora, agora o que há é a constante trocas de opiniões e considerações feitas sobre a informação recebida;
2° Conexão generalizada, através do uso generalizado da rede de computadores e dispositivos digitais móveis, tudo está sempre conectado e todos a todo o momento passam a se comunicar, tornando a informação uma constante.
3° Reconfiguração social, cultural, econômica e política, isto é a adaptação das práticas informacionais e culturais existentes na sociedade a esta nova realidade da cibercultura, onde não há mais consumidores passivos da informação, mas a interação e a socialização da informação.

2-      Que é cibercidadania e cibercultura e quais são suas expressões sociotécnias?

   Entende-se por cibercultura as relações emergentes entre tecnologias de comunicação, informação e a cultura contemporânea, ela se caracteriza por modos de comportamento, pensamento, trabalho ou arte que passam pela internet e a conectividade.
   No que diz respeito à cibercidadania, é a forma como interagimos na cibercultura e as atividades que exercemos neste mundo de conectividade, logo, a cibercidadania se caracteriza pela interação social através das mídias digitais e do uso da conectividade tanto para a diversão, quanto para obter e emitir considerações sobre informações constantemente encontradas no mundo da conectividade.

3-      Que é “jornalismo cidadão” e quais suas possibilidades?

Com a emergência da cibercultura e consequentemente da liberação da emissão da palavra através dos meios digitais, a informação não é mais consumida de forma passiva, agora o cibercidadão, ou seja, o integrante da cibrecultura interage com a informação, ele escolhe o que o interessa e o que vai repassar e propagar, seja em seus blogs, sites, fórum de discussões e etc.
   O que víamos antes, no que diz respeito ao jornalismo, era a receptação da informação pronta, editada e escolhida por terceiros o que teríamos ou não acesso. Na atualidade, o que existe é o “jornalismo cidadão”, ou seja, agora não recebemos mais a notícia como meros expectadores, agora comentamos a notícia, ela é discutida e escolhemos o que realmente queremos ouvir e passar a diante, porque no ciberespaço a emissão da palavra é livre e mesmo que o jornalismo escolham aquela informação que teremos acesso, através da conectividade obtemos informações através de blogs, fóruns e outras redes sociais. A informação não depende mais de um mediador, ela encontra espaço livre na internet para se espalhar através da interatividade dos usuários da rede de comunicação on-line. Desta forma, o “jornalismo cidadão” se dá tanto na forma de comentários sobre informações jornalísticas recebidas dos jornais, quanto de denúncias e  críticas feitas através da rede, é a informação feita não por um único mediador, mais por vários emissores e expectadores.

4-       Como a “esfera pública” se redefine na cibercultura?

   Diante da cibercultura, a esfera pública está se reconfigurando, ou seja, ela está se adaptando a nova realidade cultural. O que antes era caracterizado pelo contato presencial agora está diante de uma nova realidade, onde as discussões são feitas através do ciberespaço, ou seja, através de mídias digitais conectadas como os computadores e celulares. Não é mais preciso um espaço físico para haver conversação ou trocas de informação, pode-se fazer isso através da conectividade. A esfera pública agora é a rede mundial da internet, onde tudo se torna público apenas por estar exposto a rede e dar a condição de comentários e discussões de outros. Desta forma, todos podem emitir uma opinião e comentários on-line tornando sua emissão pública, não dependendo mais dos meios de comunicação em massa como, a televisão, jornais e rádios.

      
8- Que é “inteligência coletiva” e como Lemos & Levy situam esse conceito na cibercultura?

   Com os avanços tecnológicos e a emergência da cibercultura, vimos também à liberdade de pensamento e expressão se ornar realidade a partir da internet. Hoje não há mais um monopólio da informação e intelectualidade pelas mídias massivas (escolas, jornais, programas formadores de opiniões). Com o advento das tecnologias de conectividade, não existe apenas um pólo formador de opinião, ela é formada e fragmentada na internet, através de discussões on-line, blogs e vídeos postados e comentador por qualquer pessoa.
   Assim se caracteriza a inteligência, nela todos tem a liberdade de informação e a liberdade de criação, a intelectualidade passa a ser acessível a todos e feita não apenas por um, mas por todos, juntos. Um bom exemplo é o caso da Wikipédia – uma enciclopédia virtual e aberta, onde cada um pode acrescentar mais informação sobre um assunto.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Avaliação de Educação e Cibercultura


UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Primeira avaliação presencial da disciplina Educação e Cibercultura
Faculdade de Educação
Profº: Marco Silva
Aluna: Viviane Maria de Oliveira

Questão 1:
Caracterize os três princípios da cibercultura, segundo Lemos & Lévy.

Segundo Lemos e Lévya a cibercultura trás uma nova configuração social, cultural, comunicacional e política. Tal configuração vem acompanhada de três princípios básicos da cibercultura, que são: a liberação da emissão, conexão generalizada e reconfiguração social. (Lemos e Lévy, 2010. p.45)
A liberação da emissão é a “emergência de vozes e discursos anteriormente reprimidos na edição da informação pelos mass media[1], ou seja,   agora não estamos mais limitados a condição de espectador-receptor e passamos a ocupar um espaço de  emissor além de receptor através da liberação da voz. Trata-se da liberação da emissão para os que antes só receptavam informação através das mídias de massa sem a possibilidade de interação, discussão e/ou interceptação pelo, até então, expectador dessas mídias como TV, jornal, rádio entre outros. É a libertação do pólo de emissão de informação que agora pode partir de qualquer um que esteja conectado a essa liberação da comunicação através do ciberespaço, comunicação esta que não mais pertence somente às massas homogenias de comunicação, como ocorria até então, fazendo com que a comunicação seja de todos e para todos, onde o indivíduo pode ocupar duas posições: a de emissor de informação e também a de receptor de informação de outrem.
          A conexão generalizada é o princípio de que tudo está na rede, tudo está conectado, através de uma conectividade transversal e planetária em que tudo se comunica por meio desta rede: pessoas, cidades, celulares, máquinas etc. Os mais diversos objetos passam a se comunicar através da rede, através da conexão à internet.[2] Esta conectividade permite o aumento e o compartilhamento da produção das mais diversas informações.
A reconfiguração social, cultural, econômica e política é a reconfiguração das práticas, modalidades midiáticas, espaços, sem substituir seus respectivos antecedentes. Essa reconfiguração vai além da remediação de um meio sobre o outro, pois é a transformação de estruturas socias, instituições e práticas comunicacionais.[3]


Questão 5:
Caracterize a nova paisagem midiática definida por lemos e Lévy Como “pós- massiva”.
           A modificação que ocorre na comunicação está ligada a processos midiáticos que não se enquadram mais na denominação de “mídias de massa”. O que era fluxo massivo nas mídias como jornal, rádio e televisão, agora desempenha o que os autores Levý e Lemos denominam como “função pós-massiva”. Esta função é personalizável e interativa, estimulando além do consumo, a produção e a distribuição de informação através das “novas mídias” como Internet, telefone celular, microcomputadores etc, desempenhando uma função descentralizadora, uma vez que são abertas, colaborativas, interativas, dentre outras características tidas como “pós-massivas”. Esta reconfiguração da indústria cultural de massa realizada pela função “pós-massiva” causa forte impacto político e acarreta mudanças na paisagem comunicacional, conforme explicita os autores.

“Há e persistirá o modelo “informativo” “um-todos” das mídias de massa, mas crescerá o modelo “conversacional” “todos-todos” das mídias digitais e redes telemáticas. Teremos cada vez mais liberdade de escolha no consumo da informação e de estabelecimento da comunicação bidirecional, cooperativa e planetária. Ferramentas como blogs, wikis, podcasts, microblogs, softwares sociais, softwares livres, redes P2P, SMS, entre outros instrumentos de comunicação, informação, mobilização e deliberação política, mostram claramente essas funções em marcha”   (LEMOS, A. e LÉVY, P. O Futuro da Internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária, p. 47-48)

            Essas novas tecnologias de comunicação e informação irão propiciar agregação social, de vínculo comunicacional e de recombinações de informações as mais diversas sobre formatos variados, podendo ser textos, imagens fixas e animadas e sons. A cibercultura instaura uma estrutura midiática ímpar (na história da humanidade, na qual, pela primeira vez, qualquer indivíduo pode produzir e publicar informação em tempo real, sob diversos formatos e modulações, adicionar e colaborar em rede com outros, reconfigurando a indústria cultural Trata-se de crescente troca e processos de compartilhamento de diversos elementos da cultura a partir das possibilidades abertas pelas tecnologias eletrônico-digitais e pelas redes telemáticas contemporâneas. Isso tudo ocorre graças a liberação do pólo de produção,  a liberação da voz que faz parte da cultura pós- massiva, com cibrcidadãos produzindo e fazendo circular cada vez mais informações. O que vemos hoje são inúmeros fenômenos sociais em que o antigo “receptor” passa a produzir e emitir sua própria informação, de forma livre e planetária, cujo sintoma é às vezes confundido com “excesso” de informação. As práticas sociocomunicacionais da internet estão aí para mostrar que as pessoas estão produzindo vídeos, fotos, música, escrevendo em blogs, criando fóruns e comunidades, desenvolvendo softwares e ferramentas da Web 2.0, trocando música etc. Essas práticas refletem a potência represada pelos meios massivos de comunicação que sempre controlaram o pólo da emissão. Editoras, empresas de televisão, jornais e revistas, indústrias da música e do filme controlam a emissão na já tão estudada cultura da comunicação de massa.[4]


Questão 7:
Distinguir “web 1.0” e “web 2.0”. Apresente exemplos comentados.
A principal diferença entre web 1.0 e web 2.0 é a interatividade do usuário com o meio (a própria web). Isso significa ver a web não como mais um programa, e sim como algo sujeito a alterações, um ambiente onde o usuário não acessa dados simplesmente, mas pode criar e editar conteúdos.[5]
A web 1.0 foi a primeira geração de internet comercial, com grande quantidade de informações disponíveis, mas seu conteúdo era pouco interativo. Era apenas mais um espaço de leitura em que o usuário ficava no papel de mero espectador da ação que se passava na página que ele visitava e não tinha autorização para alterar seu conteúdo, como por exemplo, o site www.terra.com.br, pois não é interativo e seus aplicativos são fechados, mesmo com a existência de hiperlinks. Outros exemplos de site web 1.0 são: www.marshallbrain.com e www.mirosoares.com.[6]
A web 2.0 é a chamada segunda geração da internet, fortemente marcada pela interatividade, pelos conteúdos gerados por usuários e pela personalização de serviços. Alguns exemplos de sites típicos dessa geração são os blogs (e as variações fotologs e videologs), as redes sociais e os sites de compartilhamento de arquivos.  Na web 2.0 ocorre  a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. Permite que os usuários sejam mais que meros espectadores: eles são parte do espetáculo. Exemplo: www.wikipédia.com que permite que seus usuários efetuem mudanças. Na web 2.0 há a tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais, a sua essência é permitir que os usuários sejam mais que meros espectadores. Na web 2.0 os softwares funcionam pela Internet, não somente instalados no computador local, de forma que vários programas podem se integrar formando uma grande plataforma e os os programas são abertos, ou seja, uma parte do programa pode ser utilizado por qualquer pessoa para se fazer outro programa. Outros exemplos de site web 2.0: www.last.fm, www.flickr.com, www.youtube.com e www.myspace.com.
Interatividade do usuário com a Web 2.0


Questão 8:
O que é “inteligência coletiva” e como Lemos e Lévy situam esse conceito na cibercultura?
As novas funções pós-massivas em desenvolvimento com a computação social da Web 2.0 estão diretamente ligadas a forma emergente da cultura, na qual  o aperfeiçoamento da inteligência coletiva é o produto e o sentido da evolução cultural baseada na liberdade.[7] Embora com pouco tempo de propagação da computação social, fica evidente que podemos esperar uma melhoria crescente e evolutiva do conteúdo informacional gerado na cultura do ciberespaço[8], através do uso de redes sociais, blogs, etc, uma vez que as informações que estão no ciberespaço vem adquirindo um caráter público e global. Sendo assim, a inteligência coletiva
“É uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em mobilização efetiva das competências. Acrescentemos à nossa definição este complemento indispensável: a base e o objetivo da inteligência coletiva são o reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas, senão o culto de comunidades fetichizadas ou hipostasiadas.Uma inteligência distribuída por toda parte: tal é o nosso axioma inicial. Ninguém sabe tudo, todos sabem alguma coisa, todo o saber está na humanidade.” (LÉVY, P.In.:A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço)[9]
Sendo assim, a inteligência coletiva é um saber construído por vários indivíduos, com um tipo de informação que deve ser aberta a mudanças mediante debates entre os indivíduos dos ciberespaços, pelos ditos cibercidadãos que devem descobrir a pluralidade de proposições existentes na rede, possibilitando o conhecimento e a cibercultura para desenvolver essas descobertas de forma interativa e democrática.  Nos tempos atuais, um grande exemplo que temos de cibercultura interativa e com desenvolvimento da inteligência coletiva é a Wikipedia, na qual a  co-produção e a liberação da fala dos seus usuários é de grande importância para o engrandecimento dos seus diversos conteúdos, tornando-se uma espécie de enciclopédia livre da web, inclusive com livre editoração por seus leitores.






Referência bibliográfica:
- LEMOS, André e LÉVY, Pierre. O Futuroda Internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.
- LÉVY, P.In.:A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço
-http://abciber.org/publicacoes/livro1/textos/cibercultura-como-territorio-recombinante1




[1] LEMOS, André e LÉVY, Pierre. O Futuroda Internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010. p. 45.
[2] Ibdem, p. 46.
[3] Ibdem, p. 46.
[4] Ver http://abciber.org/publicacoes/livro1/textos/cibercultura-como-territorio-recombinante1/
[7] LEMOS, A. e LÉVY, P. Op. cit. p. 38.
[8] Ibdem, p. 86.

Primeira avaliação presencial da disciplina Educação e Cibercultura - Rodrigo Karl Fernandes

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Primeira avaliação presencial da disciplina Educação e Cibercultura

Aluno: Rodrigo Karl Fernandes

Prof. Marcos Silva

  
Caracterize os três princípios da cibercultura segundo Lemos & Lévy.

Segundo Lemos e Lévy , os três princípios da cibercultura são a liberação da emissão (ou palavra), a  conectividade geral e a reconfiguração social, política e cultural a partir do ciberespaço.  

A liberação da emissão, ou palavra, consiste na liberação do pólo de emissão, ou seja, há uma ruptura para com o modelo tradicional de emissor -> receptor, onde todos são emissores e receptores em potencial. Assim, a comunicação, antes unidirecional (ou vertical), se torna multidirecional (ou horizontal, democrática).

A conexão generalizada é caracterizada pela “conectividade planetária”, que, segundo Lemos & Levy, é marcada pela transformação do Computador Pessoal no Computador Conectado (este advindo do surgimento do conceito de rede, e, posteriormente, da internet). Neste contexto do “tudo em rede”, vive-se a era da computação ubíqua, onde as máquinas são onipresentes em nosso mundo, tudo e todos se comunicam, de alguma forma: tanto na esfera real quanto virtual.

Por reconfiguração social, política e cultural entende-se o novo cenário advindo da Web 2.0, bem como conseqüência direta da liberação do pólo de emissão, onde as práticas e modalidades sociais, políticas e culturais se atualizam, ganhando novas configurações, sem perda das anteriores


Que é “jornalismo cidadão” e quais suas possibilidades na blogosfera?
  
Com o avanço do processo de democratização da informação, possibilitado por fatores entre os quais a ascensão da cibercultura, o indivíduo passa a ter o papel não só de espectador / leitor / consumidor de informação. Ele passa a ser também  co-autor, interferindo, de fato, na construção, emissão e recepção de conteúdo. 

Está diretamente ligado ao conceito de participação colaborativa, possível a partir do advento da Web 2.0 e suas ferramentas de edição e publicação como blogs e wikis, bem como da popularização de câmeras digitais e celulares “inteligentes”.

Suas possibilidades na blogosfera são inúmeras, uma vez que, diante dos vários temas abarcados na vida cotidiana, o cidadão comum, que não está vinculado a nenhum veículo de comunicação de massa, pode se fazer ouvir. O mais importante talvez não seja o “se fazer ouvir”, mas sim a possibilidade de chamar atenção de outros cidadãos sobre determinado assunto, gerando discussões, debates, mobilização, etc. O conceito de jornalismo cidadão evidencia com maior clareza a descentralização do processo da comunicação, que deixa de ser exclusividade dos veículos de massa e passa a sofrer influência de qualquer indivíduo.


Distinguir “Web 1.0” e “Web 2.0”. Apresente exemplos comentados.

O início da Web – chamada de Web 1.0 – foi marcado pela exibição de páginas com base no Protocolo de Transferência de Hipertexto (HTTP), que quer dizer, basicamente, texto com hiperlinks – ligações entre páginas. Num segundo momento, com a evolução das linguagens de programação utilizadas nos sites, as páginas passaram a exibir, também, um melhor design de cores, sons e animações. Apesar deste modelo tender para o lado da comunicação unidirecional, neste cenário foi marcado o início do processo de democratização à informação, tornando possível a publicação online.

Após essa euforia de sons e cores, a rede “amadureceu” e surgiu então o conceito de Web 2.0, onde, além da publicação, surgiu a possibilidade de interação, tornando a comunicação realmente democrática e multilateral. Com a popularização da cibercultura e da Web 2.0 surgem inúmeras ferramentas de caráter sociabilizador, que tornam a produção de conteúdo possível para aqueles que não possuem conhecimento avançado de informática e internet (a publicação na Web 1.0 era restrita ou mediada por estes indivíduos). 

Exemplo de site da Web 1.0 que mostra somente hiperlinks, muitas cores, animações e até uma música de fundo. 

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Exemplo de site da Web 2.0, no formato de blog jornalístico de conteúdo colaborativo. Neste blog apenas um dos inúmeros colaboradores é jornalista. No entanto, não se segue o padrão jornalístico de noticiário. As informações aqui postadas seguem a lógica de informar aquilo que a comunidade de leitores do blog necessita: informações sobre tecnologia escritas por usuários de tecnologia.

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Que é “inteligência coletiva” e como Lemos e Lévy situam esse conceito na cibercultura?

Para lemos & Levy, inteligência coletiva existe a partir da cooperação de idéias e confronto dialético de pensamentos, bem como do compartilhamento de funções cognitivas como aprendizado e percepção. Sendo assim, o ciberespaço, a partir da liberação do pólo emissor e o advento da Web 2.0, seria a principal plataforma para a criação coletiva ou colaborativa. Como objetivo principal está a idéia de enriquecimento mútuo. “Ninguém sabe tudo, todos sabem alguma coisa, todo o saber está na humanidade.”

Primeira Avaliação Presencial

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Educação
Disicplina: Educação e Cibercultura
Professor: Marcos Silva
Aluna: Vanessa Araújo Bernardes
Matrícula: 2008.1.03192-11

1-      Caracterize os três princípios da cibercultura, segundo Lemos e Lévy.

Os três princípios caracterizados por eles são: Liberação da emissão, conexão generalizada e reconfiguração social, cultural, econômica e política.
O primeiro princípio é o da liberação da emissão que seria a circulação da informação por diversas vozes. O segundo princípio seria o da conexão generalizada onde tudo está na rede, tudo se comunica. E o terceiro princípio é o da reconfiguração que se encontra presente na idéia de “remediação” explicada por Bolter e Grusin. Porém, a idéia de reconfiguração vai além da remediação de um meio sobre o outro, não significa substituir uma nova tecnologia por um antecedente, mas sim somá-las. Esses três princípios são responsáveis em concordância com as novas tecnologias digitais pela inteligência coletiva, que nada mais seria que a construção do saber em coletivo e em rede.

2-      Caracterize a nova paisagem midiática definida por Lemos e Lévy como “pós-massiva”.

Para que possa ser obtido o conceito de “pós-massiva”, se faz necessário compreender, em primeiro plano, o que seria “massiva”, dessa forma entende-se por massiva um fluxo centralizado de informação com o controle editorial do pólo de emissão por grandes empresas em processo de competição, financiadas pela publicidade. Já o conceito de pós-massiva, por sua vez, caracteriza-se pela descentralização, pela abertura do fluxo informacional que é permitido pela liberação da emissão, ou seja, da fala.  Elas permitem a personalização do consumo da informação, a produção livre e a circulação aberta e cooperativa dos produtos informacionais. Não necessitando de recursos financeiros nem de concessão do Estado, e os instrumentos de funções pós-massivas não competem necessariamente por verbas publicitárias e não estão centradas em um território específico. O fluxo comunicacional é mais próximo da conversação (todos - todos) do que da informação (um - todos).

3-      Que é inteligência coletiva e como Lemos e Lévy situam esse conceito na cibercultura?

Inteligência coletiva seria a construção do saber e do conhecimento em rede e em coletivo, onde os indivíduos são mais livres e, portanto, mais capazes de atualizar suas potencialidades, sendo que os procedimentos e ferramentas de cooperação intelectual são mais eficazes. Esses são os casos hoje em dia de trabalho cooperativo e livre que a internet possibilita, enfrentando, dessa forma os grandes monopólios de produção de informação no modelo de mídia de massa. Assim o conceito de inteligência coletiva se situa na cibercultura, sendo traduzida como democracia. Onde o indivíduo tem liberdade para criar, sendo dessa forma autônomo.

4-      Como a “esfera pública” se redefine na cibercultura.


A esfera pública está em inflação e em reorganização contínua. Elas se dobram se particularizam em pequenas e médias comunidades, reconstituem uma singularidade em tal ou tal zona de espaço semântico. Pode-se chamar de caráter fractal da conversação e da inteligência coletiva no ciberespaço, impulsionado pelas possibilidades pós-massivas das tecnologias digitais. Suas formas dinâmicas e complexas são reproduzidas perante uma rede viva, móvel e em contínua expansão da inteligência coletiva da humanidade.

Primeira avaliação da disciplina Educação e Cibercultura


UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Educação
Disciplina Eletiva
Professor Marco Silva
Aluno: Paulo Henrique da Silva

1 – Caracterize os três princípios da cibercultura, segundo Lemos & Lévy.
            Para os autores, os processos de “evolução cultural” contemporâneos estão alicerçados em três princípios considerados fundamentais. São eles: a liberação do pólo de emissão, a conexão planetária e a reconfiguração social, política e cultural.
Por liberação do pólo de emissão, entende-se que nesta nova configuração da sociedade as informações terão outros atores participantes; não estará mais restrito aos meios convencionais que tem um fluxo centralizado de informação. A liberação da emissão altera a relação “informacional” (um emissor > todos) para a “conversacional” (emissor <> receptor, ou ainda, todos-todos) permitindo um fluxo mais aberto de informação por ter uma circulação aberta e cooperativa. O emissor nesta fase permite que o receptor “viole” sua mensagem e inverta os papéis.
            O segundo princípio, chamado de conexão planetária ou conectividade generalizada, traz a idéia de que tudo está em rede. Nesta nova configuração das relações mediadas pelas tecnologias da informação o computador pessoal da década de 70 passa a computador coletivo, com a popularização da internet nos anos 80 e 90, e, atualmente, com as redes sem fio e os novos aparelhos para conexão à internet, temos o chamado computador coletivo móvel – que permite que o usuário fique conectado de qualquer ponto que ele esteja.
            Por fim, o terceiro princípio é denominado de reconfiguração social, política e cultural, e isso se dá a partir das práticas que emergem com as novas possibilidades criadas pela web2. 0. E geram, com isso, a transformação de estruturas sociais, instituições e práticas convencionais. Esta reconfiguração é vista, pelos autores, como uma das conseqüências da liberação do pólo de emissão.


2 – O que é “jornalismo cidadão” e quais suas possibilidades na blogosfera?
            O advento da web 2.0 trouxe novas possibilidades para tratarmos a informação. O que antes era produzido e distribuído em “bloco” fechado pelas mídias de massa, começou a ter que disputar espaço com as novas ferramentas de informação que priorizam a conversação e a circulação da palavra.
            Com a web 2.0 e seus novos ambientes de navegação, como blogs, microblogs entre outros, surge o jornalismo participativo, que compreende a participação de outros autores, mesmo sem ter formação jornalística, para a produção e divulgação da informação. O jornalista profissional não é mais imprescindível para a produção da informação, que poderá ser verificada com o número de ocorrências similares ou referências feitas em outras páginas da web.
            Vale ressaltar que, mesmo as mídias pós-massivas podem apresentar aspectos encontrados na mídia massiva. A esse exemplo, os tradicionais meios de comunicação massiva usam a internet para informar, porém, permanecem com o crivo de um editor ou jornalista responsável pela produção e divulgação da informação no mesmo sentido tradicional e comercial de sempre. Para que seja considerado jornalismo colaborativo ou jornalismo cidadão é necessário que o produtor da notícia seja o próprio usuário da web. Nesta nova configuração, o receptor passa a ter uma dupla função, pois pode interferir na mensagem do emissor. Para isso a blogosfera tem cumprido um papel de vanguarda, pois é um meio muito prático para exercer esta nova relação com a informação.

3 – Distinguir “Web 1.0 e Web 2.0”. Apresente exemplos comentados.
            A principal característica da web 1.0 é o formato informacional, onde os sites ou portais são fechados para a participação do internauta e é muito parecido com uma vitrine, onde você pode ver os produtos e serviços, mas não pode interagir com o que é exibido. As notícias e informações baseiam-se na estrutura um-todos, onde o especialista ou grupo de conhecedores de certo assunto lançam algo que não será alterado ou modificado por nenhum outro usuário. Exemplo de Web 1.0: portais ou sites como www.uerj.br, www.ufrj.br que tem um caráter informativo apenas e não há espaço para a interação com os visitantes ou usuários.
            A Web 2.0 tem como premissa principal a interatividade e conectividade entre os usuários e uma de suas marcas mais expressivas é a explosão de blogs, wikis e compartilhadores de arquivos no molde p2p (peer to peer). As informações serão geradas e modificadas pela interação dos usuários. Deve-se destacar ainda que os sites de relacionamento e as redes sociais fazem parte das ferramentas sociais mais usadas. Exemplo de Web 2.0: os wikis, que são textos criados em colaboração como outros usuários, como exemplo, Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil) e Yahoo! Respostas (http://br.answers.yahoo.com/).

9 – Que é “cidade digital” no Brasil e quais suas possíveis conseqüências sociais?
            Segundo os autores, o termo cibercidade ou cidade digital pode ser compreendido de quatro tipos diferentes:
- o primeiro tipo compreende os projetos governamentais, privados e/ou da sociedade civil que criam representações na web ou um portal de informações gerais e serviços.
- o segundo tipo faz referência à criação de uma infra-estrutura que possibilite ao cidadão o acesso à web gratuito.
- o terceiro tipo de cidade digital se refere à criação de simuladores de espaços urbanos em 3ª dimensão.
- o quarto tipo é formado por projetos que não tem a necessidade de representar um espaço físico urbano real, isto é, são desvinculados de uma cidade real.
O tipo que descreve o processo que ocorre no Brasil é o que faz referência à criação de infra-estrutura para dar acesso à internet para o cidadão. O governo vem trabalhando no sentido de ampliar o fornecimento de banda larga de internet e promover a inclusão digital. Como fruto da expansão do acesso à internet e a freqüente utilização podemos ter um cidadão pleno, participativo e interessado nas deliberações dos governos ou até mesmo das associações menores de sua cidade. Sabe-se que não deve somente buscar acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, mas priorizar um novo modelo de cidadania que tem como orientação a participação dos cidadãos nas questões referentes à administração pública que vai além do voto.